..um texto para terminar....
Vê-se então um vasto campo ainda não conhecido que aqueles pequenos gestos trouxeram. Foi assim que comecei a deparar, não com o outro, mas, mediante as suas diversas atitudes, embora já conhecidas, nunca experimentadas, com o sujeito intitulado eu.
Há quem fala que nos conhecemos pela diferença.O reflexo do diferente mostra o que somos. Entretanto, a vida mostra outra coisa, aquilo que nos é estranho, pode carregar em si aquilo de mais íntimo que temos em nós. Estranho porque desvincula das outras experiências já vividas e na tentativa de entender o outro, pode-se, quase acidentalmente, descobrir a si mesmo. Porque percebe-se o proveito de nossas reações pela misera angustia do não entendimento das posturas do outro, logo, nasce timidamente uma identificação e percebe-se um conhecimento de suas reações catalizadas pelo passado de experiências outrora escuras ao que no presente vive.
Pode acontecer de ser uma experiencia extremamente angustiante, por em meio ao fogo cruzado entre si e o outro, perder o foco de onde olhar, para o que fazer. Trava-se. Trava-se pois a labuta não acontece no agir, no fazer, acontece na subjetividade. E quanto mais declinado para o campo do pensamento, mais a vida fica travada. E dúvidas, inseguranças nascem com a mesma naturalidade que o dia depois do outro. Interessante pensar que para alguns, embora a dúvida e incerteza, é feito com uma certa dose de prazer. Por outro lado, perde-se o que nos identifica, nosso corpo. Deixa de sentir, emaranhar, permitir o corpo com as demandas, vivendo isso praticamente, não apenas, no terreno pantanoso do pensamento duvidoso por isso inseguro.
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